O Grupo Estadual de Combate
às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual
ofereceu denúncia e pediu a prisão do ex-prefeito do município de
Palestina (AL) José Alcântara Júnior, mais conhecido como 'Júnior Alcântara' e
de outras 15 pessoas, dentre ex-servidores públicos, ex-secretários
municipais e um empresário.
Todos são acusados de integrar uma
organização criminosa que praticou os crimes de apropriação de verbas
públicas, fraudes em licitações, peculato furto, falsificação de
documento particular, falsidade ideológica, uso de documento falso e
formação de quadrilha. O valor que teria sido desviado ultrapassa os R$
762 mil.
A Deic está cumprindo os 16 mandados de prisão. Todos foram
expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. O ex-prefeitonão foi preso e
está na condição de foragido da Justiça.
Até este momento,10 pessoas foram presas e estão sendo trazidas para Maceió.
Os crimes foram praticados
durante a gestão de José Alcântara Júnior, mais precisante entre os anos
de 2009 e 2012. Como era o prefeito de Palestina à época, ele é
apontado como o chefe da organização criminosa e liderou um grupo de
ex-funcionários que trabalhavam na Comissão Permanente de Licitação -
Manoel Messias da Graça, Fernando Jorge Miranda dos Santos, José Vanildo
dos Santos, Francisco de Assis Ferreira, Luciano Lucena de Farias e
Francisco de Assis Costa da Silva - e nas Secretarias de Assistência
Social, Saúde, Finanças, Administração, Educação e Obras e Urbanismo –
Crizélia de Melo Alcântara, Elysson José Damasceno Gomes, Gedilson Costa
da Silva, Djalma Alencar da Silva, Ana Paula Oliveira Souza e Eumanio
Melo da Silva, respectivamente. Também fizeram parte do esquema ilícito
os empresários Alberto Rodrigues de Oliveira, sócio da Construnorte
Construções e Serviços LTDA e Eraldo do Leite, representante legal da
mesma empresa.
As investigações do Gecoc
começaram em 2012 e, após a análise de farta documentação aprendida
durante cumprimentos de mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª
Vara Criminal da Capital e pelo Juízo da comarca de Delmiro Gouveia,
ficou comprovado que vários processos foram dolosamente manipulados e
fraudados nos anos de 2010 e 2011, o mesmo tendo acontecido nas
licitações realizadas entre os anos de 2008 e 2010. O valor do prejuízo
somou R$ 762.432,90.
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